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As 3 Casas do Deus de Abraão

ISLÃO

O Islão é uma religião monoteísta revelada ao profeta Maomé [em árabe: Muḥammad] em Meca, na Arábia, no século VII Wikipédia

O Islão é, cronologicamente, a terceira das grandes religiões monoteístas. O termo Islão é frequentemente traduzido como "submissão à vontade divina", mas a raiz da palavra também exprime a ideia de "paz" e "retidão de alma". A submissão a Deus significa o reconhecimento pela consciência humana de um ser que está para além de todos os seres, de um Criador que é "Uno e Único". Submeter-se à vontade divina é criar uma ordem harmoniosa no universo*.

O profeta Maomé é considerado o último mensageiro da vontade divina, completando as mensagens divinas transmitidas antes dele por profetas como Moisés e Jesus*.

Em 610 d.C., Maomé recebeu as primeiras revelações divinas. Estas continuaram até à sua morte em 632. Pelo facto de pregar uma religião diferente, foi perseguido pelas famílias ricas e politeístas de Meca, a sua terra natal, de onde teve de partir para o exílio em 622. Este êxodo, conhecido como a "Hégira", levou-o para Medina, a segunda cidade mais sagrada do Islão, onde se tornou o líder de uma comunidade religiosa e política. O conjunto das revelações feitas ao Profeta Maomé constitui o Corão, a "Palavra de Deus "*.

Existe também um vasto e complexo relato da vida do Profeta, conhecido como o "Hadit", que incorpora a "Sunna", a "tradição profética" das palavras de Maomé e a forma como ele viveu a sua vida*.

O Corão e o Hadith são as duas principais fontes do pensamento religioso e jurídico do Islão. Os responsáveis pela sua interpretação são designados por "ulama", um termo que significa "eruditos "*.

 

OS CINCO PILARES FUNDAMENTAIS*

  1. A profissão de fé ou "chahâda" (testemunho que não existe outra divindade verdadeira para além de Alá e que Maomé é o Seu mensageiro);
  2. A oração canónica cinco vezes por dia ou "salât", que louva a unicidade e a grandeza de Alá;
  3. A esmola legal ou "zakât", que deve ser paga aos necessitados;
  4. O jejum, durante , o mês sagrado do Ramadão, que dura do nascer ao pôr do sol;
  5. A peregrinação , ou "Hajj", que deve ser efectuada a Meca pelo menos uma vez na vida do crente, se este a puder suportar.

*Calendrier des fêtes religieuses, Alpes-Maritimes Fraternité

 


 

Cronologia*

571

Nascimento de Maomé

610

Início da Revelação do Alcorão

622

Início da Hégira

632

Morte de Maomé

644 à 656

Califado de Uthman ibn Affar, estabelecimento do texto oficial do Corão

750

Os Abássidas derrubam os Omíadas. O Islão torna-se universal

870 à 915

Codificação das colecções de hadith

874

Ocultação do décimo segundo imã xiita, Al-Mahd

900 à 1100

Desenvolvimento do sufismo

950

Codificação dos sete sistemas de leitura do Corão

1200

Invasões mongóis

1440 à 1700

Expansão otomana

1700

Aparecimento do wahhabismo na Arábia

1830 à 1930

Nah'da, o renascimento

1979

Revolução Iraniana (xiita)

*Les religions d’Abraham, p. 74, Vauclair David, édition Eyrolles 2011


 

Símbolo do Islão: a Estrela e o Crescente

As correntes religiosas do Islão :

  1. Sunnismo : é a corrente principal do Islão, seguida pela maioria dos muçulmanos no mundo. Os sunitas seguem os ensinamentos e as práticas do profeta Maomé e dos quatro primeiros califas que lhe sucederam.
  2. Xiismo : o xiismo é o segundo maior ramo do Islão. Os xiitas acreditam que a liderança da comunidade muçulmana deve ser reservada aos descendentes do Profeta Maomé, a começar pelo seu genro Ali. Têm também crenças e práticas distintas das dos sunitas.
  3. Sufismo : O sufismo é frequentemente visto como uma dimensão mística do Islão. Os sufistas procuram uma experiência pessoal da presença divina através da meditação, da oração, da música e de outras práticas espirituais.
  4. Wahhabismo : O wahhabismo é uma forma conservadora do Islão sunita, originária da Arábia Saudita. Dá ênfase à adesão estrita aos ensinamentos religiosos e está associado a uma interpretação literal do Corão.
  5. Salafismo : O salafismo é um movimento que defende o regresso às práticas religiosas dos primeiros muçulmanos (os Salafs), rejeitando os desenvolvimentos posteriores do Islão.

É de notar que estas correntes religiosas podem variar de uma região para outra e que as crenças e práticas individuais podem diferir mesmo dentro da mesma corrente.